Troféu
“Menotti Del Picchia” – Conto
Troféu
“Guilherme de Almeida” – Poesia
O III Concurso Literário
do Colégio São José, por ocasião de seu 116.º aniversário, homenageia seus
ex-alunos, os escritores Menotti Del Picchia e Guilherme de Almeida.
Paulo
Menotti del Picchia
(São Paulo, 1892 - 1988) foi poeta, contista, romancista, cronista, ensaísta,
jornalista, autor de histórias infantis e político. Iniciou seus estudos em
Campinas (SP), concluindo-os no Ginásio Diocesano São José, em Pouso Alegre
(MG). Retorna à capital paulista e ingressa na Faculdade de Direito do Largo
São Francisco. Estreia na literatura com o livro Poemas do Vício e da Virtude, em 1913. No ano seguinte, passa a
residir em Itapira (SP), onde trabalha como advogado e dirige os jornais Diário de Itapira e O Grito!. Publica, em 1917, os poemas “Moisés” e “Juca Mulato”,
este considerado sua obra-prima. Retornando São Paulo, assume a direção do
jornal A Gazeta e inicia a
colaboração para o Correio Paulistano,
veículo em que fará, sob o pseudônimo Hélios, uma das mais contundentes defesas
do movimento modernista. Participa da Semana de Arte Moderna, em 1922,
coordenando a segunda noite do evento. Nos anos seguintes integra, com o poeta
Cassiano Ricardo e o escritor Plínio Salgado, os grupos Verde-amarelo e Anta,
agremiações político-literárias de caráter nacionalista. Em 1943, toma posse da
cadeira número 28 da Academia Brasileira de Letras. Entre 1926 e 1962, ocupa
por diversas vezes os cargos de deputado estadual e federal.
Guilherme
de Andrade e Almeida
(Campinas, 1890 – São Paulo, 1969) consagrou-se como poeta, tradutor,
dramaturgo e ensaísta. Passou a infância no interior de São Paulo. Durante a
primeira década do século XX, estudou juntamente com Menotti del Picchia e
Plínio Salgado no Ginásio Diocesano São José, de Pouso Alegre (MG). Formou-se
em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco em 1912. O início da
carreira literária dá-se em 1916 com a publicação das peças teatrais em francês
Mon coeur balance e Leur âme, ambas escritas em parceira com
o escritor Oswald de Andrade. Lança-se na poesia no ano seguinte, com a
publicação de Nós. Seguem-se então
outros títulos, como A dança das horas
(1919) e A flor que foi um homem: Narciso
(1921). Torna-se, então, poeta de grande sucesso. Em 1922, participa da Semana
de Arte Moderna e passa a divulgar os princípios do movimento. Funda,
juntamente com Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros, a revista Klaxon, principal meio de divulgação do
ideário modernista. É o primeiro modernista a ser eleito para a Academia
Brasileira de Letras, assumindo sua cadeira em 1930. Em 1932 participa
ativamente da Revolução Constitucionalista de São Paulo, alistando-se
voluntariamente como soldado. Devido a essa atuação política, é preso e
exilado, indo viver em Portugal até 1933. Em 1959, é eleito, pelo jornal
Correio da Manhã, o "Príncipe dos poetas brasileiros”. Ao longo de sua
carreira, realiza diversas traduções de relevância, como as dos poetas Paul
Verlaine e Charles Baudelaire. Traduziu, ainda, a peça Huis Clos, de Jean-Paul Sartre. Entre as décadas de 1920 e 1940,
escreve para o jornal O Estado de São
Paulo, atuando como crítico de cinema.
REGULAMENTO
1. O
Concurso é aberto a alunos, professores, colaboradores, pais de alunos e
ex-alunos do Colégio São José.
2. A participação
do Concurso implica conhecimento e aceitação automática do participante a todas
as cláusulas do presente regulamento.
3. O poema abaixo,
de Manoel de Barros, qual seja “O menino que ganhou um rio”, é o tema
desta terceira edição do Concurso, que contempla os gêneros “Conto” (I) e
“Poema” (II):
O MENINO QUE GANHOU UM
RIO
Minha mãe me deu um rio.
Era dia do meu
aniversário e ela não sabia o que me presentear.
Fazia tempo que o
mascate não passava naquele lugar esquecido.
Se o mascate passasse a
minha mãe compraria alguma rapadura
ou bolachinhas para me
presentear.
Mas, como não passava o
mascate, minha mãe me deu um rio.
Era o mesmo rio que
passava atrás de nossa casa.
Eu estimei o presente
mais do que fosse uma rapadura do mascate.
Meu irmão ficou sentido
porque ele gostava do rio igual aos outros.
A mãe prometeu que no
aniversário do meu irmão ela iria dar uma
árvore para ele.
Uma árvore que fosse
coberta de pássaros.
Eu bem ouvi a promessa
que a mãe fizera para meu irmão.
Eu achei legal.
Os pássaros ficariam
durante o dia nas margens do meu rio,
e à noite eles iriam
dormir na árvore do meu irmão.
Meu irmão me provocava
assim: minha árvore
dava flores lindas em
setembro
e o seu rio nunca dá
flores.
Mas eu gozava que a
árvore dele não dava peixes.
E na verdade o que nos
unia de verdade eram
os banhos no rio nus
entre pássaros!
Nesse ponto a nossa vida
era um afago.
4. O texto
participante deverá ser escrito em língua portuguesa.
5. Em se
tratando do gênero “Poema”, serão aceitos versos livres ou metrificados,
rimados ou não.
6. O texto
participante deverá ser inédito e assim permanecer até a data da premiação.
7. Não será
aceito texto que exprima preconceitos, quer sejam religiosos, raciais, sexuais
ou quaisquer outros.
8. Cada
participante concorrerá com apenas um texto.
9. O Conto
deverá conter o mínimo de uma e o máximo de três laudas numeradas, e ser
apresentado impresso em Word, em duas vias, em papel formato A4,
digitado em fonte Arial, tamanho
12, entrelinhas 1,5, alinhamento justificado, em apenas uma face do papel. É
preciso atribuir um título e um pseudônimo ao texto; o pseudônimo deverá constar
no rodapé do trabalho.
10. O Poema
deverá conter o mínimo de 14 e o máximo de 20 versos, e ser apresentado
impresso em Word, em duas vias, em papel formato A4, digitado em fonte
Arial, tamanho 12, entrelinhas 1,5, em apenas uma face do papel. É preciso
atribuir um título e um pseudônimo ao texto; o pseudônimo deverá constar no
rodapé do trabalho.
11. Alunos dos
6.º e 7.º anos do ensino fundamental concorrerão entre si. (Categoria A.)
12. Alunos do
8.º e 9.º anos do ensino fundamental concorrerão entre si. (Categoria B.)
13. Alunos do
ensino médio concorrerão entre si. (Categoria C.)
14. Professores,
colaboradores, pais de alunos e ex-alunos do Colégio São José concorrerão entre
si. (Categoria D.)
15. A adesão/participação
do alunado ao Concurso está prevista como atividade obrigatória do 3.º
bimestre, tanto ao Ensino Fundamental II quanto ao Ensino Médio; assim, 5
pontos, do total do bimestre, serão destinados à redação da peça que
participará do Concurso.
16. Ressalvado
o que consta no item imediatamente anterior, para a composição do 3.º bimestre,
como incentivo ao alunado, tem-se ainda que: será atribuído 1 ponto extra aos
autores dos dez textos finalistas em cada categoria, desde que a nota conferida
pelos julgadores seja igual ou superior a 60, em 100 pontos; será atribuído o
valor de 1 ponto extra ao segundo e ao terceiro colocados de cada categoria;
serão atribuídos 2 pontos extras ao primeiro colocado de cada categoria.
17. Fica claro
que os pontos oferecidos aos dez finalistas não são acumulativos aos pontos das
classificações em 1.º, 2.º e 3.º lugares.
18. As
pontuações que constam nos itens 16 e 17 destinam-se à disciplina de Redação.
INSCRIÇÕES
19. A inscrição
é gratuita.
20. As duas
vias do texto deverão seguir em envelope branco; no exterior do envelope, a
seguinte anotação:
ü
Categoria
A-I, para alunos do 6.º e 7.º anos que concorrem no gênero “Conto”;
ü
Categoria
A-II, para alunos do 6.º e 7.º anos que concorrem no gênero “Poema”;
ü
Categoria
B-I, para alunos do 8.º e 9.º anos que concorrem no gênero “Conto”;
ü
Categoria
B-II, para alunos do 8.º e 9.º anos que concorrem no gênero “Poema”;
ü
Categoria
C-I, para alunos do Ensino Médio que concorrem no gênero “Conto”;
ü
Categoria
C-II, para alunos do Ensino Médio que concorrem no gênero “Poema”;
ü
Categoria
D-I, para professores, colaboradores, pais de alunos e ex-alunos do Colégio São
José que concorrem no gênero “Conto” e
ü
Categoria
D-II, para professores, colaboradores, pais de alunos e ex-alunos do Colégio
São José que concorrem no gênero “Poema”.
21. Dentro do
envelope branco seguirá outro menor; no exterior do envelope branco, deverá
constar a seguinte anotação: pseudônimo do autor e título da obra; no interior,
em folha à parte, deverá constar a identificação do concorrente: pequeno
currículo (5 linhas, no máximo), pseudônimo, título da obra e indicação do ano
e turma em que estuda (se aluno).
22. Assim que
solicitado, o concorrente compromete-se a enviar, por e-mail, em 48
horas, o texto digitado.
23. As
inscrições abrem-se em 10/08/2015 e encerram-se em 08/09/2015. Será eliminado o
texto encaminhado extemporaneamente. A critério exclusivo do Colégio São José,
a data do encerramento das inscrições (bem como outras disposições) pode ser
alterada, havendo, se isso ocorrer, ampla divulgação.
24. Será
automaticamente eliminado o texto que não satisfizer as exigências aqui prescritas.
25. A inscrição
ao III Concurso Literário dá-se pela simples entrega do trabalho na Secretaria
do Colégio São José, mediante protocolo.
JULGAMENTO, RESULTADO E PREMIAÇÃO
26. Para
julgar os trabalhos será nomeada pelo Colégio São José uma comissão constituída
de dois membros de notório saber literário.
27. É vedada
ao participante a consulta às notas atribuídas aos trabalhos.
28. A
premiação, por categoria, ressalvado o constante nos itens 16, 17 e 18, obedecerá
ao seguinte critério:
ü
1.º
lugar: Certificado + Troféu
ü
2.º
lugar: Certificado + Medalha
ü
3.º
lugar: Certificado + Medalha
29. Além dos
três textos premiados, a comissão julgadora poderá atribuir menções honrosas,
mediante Certificados e/ou Medalhas aos autores dos textos assim destacados.
30. Divulgado
o resultado e recebido o prêmio, na hipótese de ser apurada alguma fraude, como
a falta do ineditismo do texto, o plágio e a paráfrase, a qualquer tempo, o
contemplado será desclassificado e perderá os prêmios/pontuação.
31. A cerimônia
para a revelação dos resultados e premiação está prevista para 15 de setembro
de 2015, com ampla divulgação.
32. O
regulamento, desde logo, fica disponível no site do Colégio.
33. O
resultado do Concurso e os textos selecionados, a seu tempo, estarão disponíveis
no site do Colégio.
34. Não
haverá, em nenhuma hipótese, devolução dos textos concorrentes, os quais, findo
o Concurso, serão incinerados.
35. A comissão
julgadora poderá deixar de atribuir os prêmios, se considerar que a eles nenhum
dos textos concorrentes faz jus.
36. As
decisões da comissão julgadora são soberanas e irrecorríveis.
37. Os
participantes do Concurso declaram, desde já, serem de suas autorias os textos
concorrentes, ao mesmo tempo em que cedem e transferem ao Colégio São José, sem
quaisquer ônus, em caráter definitivo, todos os direitos autorais sobre os
referidos textos, para qualquer tipo de utilização, publicação ou reprodução.
38. O
resultado do Concurso não conhecerá do empate: a classificação e os prêmios, em
nenhuma hipótese, serão divididos ou dobrados, devendo a Comissão Julgadora
definir-se por um texto concorrente. Critérios para desempate: adequação ao
gênero textual; adequação ao tema; ação e enredo (conto); forma e conteúdo
(poema); estilo; criatividade e/ou originalidade.
39. Os casos
omissos neste regulamento serão resolvidos pela comissão organizadora do
Concurso.
Pouso Alegre, 10 julho de 2015.
Prof.ª Nilda Franco de Paiva
Diretora